Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela.
Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz. "Não a devia ter escutado - confessou-me um dia - não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter enternecido. Confessou-me ainda: "Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava ... Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores ! Mas eu era jovem demais para saber amar."
Antoine de Saint-Exupéry - O Pequeno Príncipe, página 16
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